terça-feira, 31 de março de 2009

Passarinho no ombro direito.

Quando milhares de abelhas voltam pra colméia,
muitos poucos se perguntam,
que mel de dúvida assombra uma tetéia?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dos Três Mal-Amados palavras de joaquim

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


José Paes de Lira.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Decifra-me ou te devoro.

Nunca foi simples,mas a idéia de colocar um coração nas costas era bastante interessante, era transmitir a idéia ou de um peso ou do pensamento, do peso, pois as pessoas carregam sempre as coisas mais pesadas nas costas, do pensamento devido a estar mais perto da cervical e do cérebro.

Fico com a explicação mais complexa.

Uma vez escutei a história sobre uma esfinge que devorava homens, ela jogava um enigma, se os homens errassem, ela os devorava, se eles acertassem, eles passavam para dentro.
Engraçado, mas nenhum deles nunca acertou.

Acho que lidei com uma esfinge na vida real.

De fato fiquei de frente para ela, de cara.
Mas acho também que a inibi de certa forma,o problema era que tudo que eu falava, ela já sabia,
logo,não era mais uma surpresa, era quase um programa do silvio santos.

Talvez eu não tivesse falado tudo que tinha pra falar, apenas falei uns 15 %, já por imaginar a resposta da esfinge e no final ela me devorar, como de fato fez.

Só que fui devorado duas vezes, por ela e pela chuva.


Acho que vou voltar a 'postar' no meu caderno.

sábado, 3 de janeiro de 2009

É...er....É porque....



É porque se você olha pra mim, eu desvio.

É porque se alguém me toca,eu esfrio.

É porque se grita comigo,eu abaixo.

É porque se seguram a mim, eu me encontro, eu me acho.

É porque se não lê com os olhos, está cega.

É porque se não vê com a boca,está surda.

É porque se te trancas, me prende.

É porque se me tranco, me mato.

Por dentro, de fato.

É porque se me enganas, acredito

E se me iludo, assino veredicto

É porque talvez,

sempre,

tenha sido você.

É porque eu não sei...dizer.