Máquina 2 em baixo,Máquina 3 em cima.

Depois de mais de dois meses acompanhando dia a dia o crescimento da minha barba,chega a hora de apará-la.(Não,ela vai crescer de novo)
Acho que foi um momento meio melancólico,senti como se algo de mim me deixasse,mas logo pensei que logo iria crescer de novo.Saí até mais cedo do curso, pra poder encontrar o barbeiro logo de manhã e passar a tarde mais tranquilo.
Então lá fui eu de manhã, andando pelos rios ( lê-se canais de esgoto),pontes ( duas só) e sem overdrives.
De longe pude perceber que não tinha ninguém,logo voltei,ainda encaracolando com os dedos pela última vez os pelos ruivos ( não pintei e nem me perguntem como) da minha barba.
Resolvi voltar de tarde,e lá estava ele...O barbeiro.
É uma arte saber cortar o cabelo,e quem frequenta salões(lê-se barbearia) sabe muito bem a paz que traz a quem o corta direito.
Aleatoriamente com alguns papos chatos ou não dos mesmos,ou então das músicas que tocam nas rádios das barbearias,nada disso atrapalha a paz de um homem sentar na cadeira e cortarem seu cabelo(seje passando máquina ou aparando pontas).
Não se vê isso em salões femininos,o assunto escasso das barbearias,no máximo o que se conversam é sobre futebol e...''como vai o seu neto que você trouxe semana passada?''
Parecem até jornalistas obcecados por notícia,querem saber da sua vida na maioria das vezes.
Nos salões femininos se vê em geral fofocas,assuntos diretos com a cabeleleira ou cabeleleira (pode ser um homem com opções diferentes),qual a atriz que vai se casar com quem e quando,que roupa feia a sua(mas isso fica só no pensamento,boa imagem acima de tudo)
e desagrados e opiniões formadas pelas amigas ao lado, porque tu sabe,com mulher no salão,todas as mulheres se tornam amigas de anos,é um carisma (eu diria) incontrolável.
Na barbearia não,pra mim só faltou dormir.Sem som,poucas palavras e olhando uma briga de galinhas pelo lado de fora da porta. Muitos cocoricós. Muitos.



Enfim.
Foi isso,dois passeios,duas máquinas,e menos pêlo.